quarta-feira, 26 de março de 2008

Notícias da Tríplice Fronteira

Depois de 19 horas de busão chego em Foz do Iguaçu, enquanto o dia demorava para passar, me reveza entre escutar música, ler um livro, pensar na vida e admirar as belas paisagens...7 dias na casa da mãe e do pai, e de uma galera, rs..."o bom filho a casa torna", pois todos já voltaram, só eu e minha irmã mais velha estamos do lado de fora.

Realmente valorizo muito meus pais por diversos motivos, sempre lutaram muito na vida atrás de seus sonhos e objetivos, aí sabe como é...coração de mãe sempre cabe mais um.
( Parte 1: A era da inocência?) A Pietra mora lá, uma figura de primeira, gosto de ficar imaginando o que passa na cabeça dela, o que ela sente...é uma loucura ver o tempo, sentir a cada vez que vou para Foz a mudança estampada na face da minha sobrinha. Uma doçura e ás vezes uma tempestade.
Ontem escutei : " ela é uma mocinha"...isso me confunde! Ela só tem seis anos! Não consigo lembrar de minha infância, do que sentia, como pensava, fatos, minha lembrança é mais recente...mas voltando, as crianças hoje em dia vivem num mundo maluco, desacerbado. As informações estão a um milhão por hora e fica difícil controlar. Tem horas que ela quer se vestir como gente grande, gosta assim como a maioria das mulheres de ir as compras, ir ao salão, rs...comporta-se com tal. Ás vezes ela canta as músicas da Kelly Key, coisas como " vem meu cachorrinho a sua dona ta chamando" e acredito que ela canta isso para o Chauã, cachorro do meu pai, mais um membro da grande família. Fico confusa.


(Parte 2: Três mundos, vasto mundo)

Foz tem seu diferencial, tem os rios Paraná e Iguaçu, a Ponte da Amizade e a Ponte da Fraternidade. Depois de uma guerra armada que durou seis anos entre o Brasil e Paraguai, a qual nosso país junto de seus aliados Argentina, Uruguai e Inglaterra derrotaram o Paraguai e o transformou no país pobre que este hoje é, nada mais simbólico que nomear a Ponte que liga os dois países de AMIZADE, já que hoje vivemos nos tempos de paz e esqueceu-se todas as mortes, todas as dores do passado.

Esse fato me lembra a vinda dos espanhóis para América em seus cavalos de fogo. Não acredito que a maioria sempre vence, mas a maioria bem armada, sempre vence! Espanhóis dominaram nativos e brasileiros cortaram o avanço econômico paraguaio.

Venho de um balaio de nacionalidades, meu avô materno era paraguaio, minha vó materna é alemã, meu avô paterno e minha vó paterna tem origem portuguesa e indigena. Sou fruto de toda essa história, dessa miscelânea.


Particularmente, dos três espaços que formam a Triplíce Fronteira, meu predileto é Puerto Iguazú. Tem um charme peculiar. Mesinhas na rua, casinhas de madeira, siesta, centro cheio de letreiros, cerveja de um litro, bife de chorizo, vinho barato, azeitona, queijo, salame, torrone, alfajôr...vida noturna e um pedaço das Cataratas.
A Ponte que liga os dois países, Brasil e Argentina chama-se Ponte da Fraternidade, inaugurada em 1982, e o engraçado são as richas culturais adquiridas pelos dois países, brasileiros adoram fazer piadas com a Argentina, rivalidades do futebol pra fora. Dois irmãos meus nasceram na Argentino, tenho sentimento fraterno por eles e fora isso, acredito que o afeto de brasileiro pra argentino ta meio duvidoso viu!
As Cataratas do Iguaçu continua linda!!! Sinto-me renovada pela natureza agressiva daquele lugar, acho que posso dar a volta ao mundo, mas as Cataratas sempre será a número um das imagens mais belas do mundo!

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