quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Brasil de carnavais , malandros e heróis...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Eternal Sunshine...



Ontem assisti pela terceira vez Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, eu não me canso de assistir esse vídeo e ver sua bela fotografia. Será possível apagar alguém da memória?
Como historiadora eu acredito que a memória é parte integrante de nossa vida, sem ela somos quase nada, não precisamos nem ir tão longe dentro de navios negreiros ou de embarcações Reais, mas podemos ver e lembrar nossos passos de um, dois anos atrás. Tudo faz parte da nossa lembrança, do nosso passado e apagá-lo por mais triste e incoviniente que este seja, me parece um crime. Um atentado ao que somos e sentimos.
O filme é ótimo e passa essa mensagem de que nenhum relacionamento é tão ruim a ponto de merecer ser sumariamente deletado da memória.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A Lêticia vai casar.

Me vem lembranças de quando eu tinha dez anos, talvez um pouco menos, e na sala de aula passavam aqueles vários cadernos, inúmeros, onde tinhamos que responder de quem gostavamos, se já havíamos beijado na boca e dependendo das respostas era um passo pra ficar com aquele tão sonhado casinho, que nessa época era um príncipe encantado.Mas o que hoje me chama atenção eram as perguntas como: "com quantos anos você vai casar? com quantos anos você vai ter filhos?"
Queria poder pegar um desses caderninhos na mão e ver os sonhos do passado, as fantasias de criança. Até onde me lembro, se esses sonhos tivessem se realizado, estaria eu agora, casada, com algumas fraldas sujas para limpar.
Ainda não casei, não escrevi um livro, mas já plantei uma árvore. E tenho amigas que estão casando, umas com planos, outras com convites entregues. Sábado, as 10:00 em Rio Preto, até que enfim vou conhecer Black River, foram muitos os convites, mas vida de universitária é dura, dinheiro sempre contado para cervejas e cigarros, era impossível obter um saldo positivo no fim do mês. Mas agora eu vou, com véu e grinalda, felicidade aos noivos.

Tarefa de casa.

Lavar louças, herança de três dias, tirar acampamento-dormitório- da sala, limpar geladeira fechada e desligada há dez dias e olhar para os três cestos de roupa suja e só olhar.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

...

São cinco horas da tarde, o céu está escuro, como de costume...trovões e água caindo.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

( A comédia da vida real...)

Bar ruim é lindo bicho .
Antonio Prata.

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de 150 anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de 150 anos, mas tudo bem). No bar ruim que ando freqüentando nas últimas semanas o proletariado é o Betão, garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas acreditando resolver aí 500 anos de história. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar “amigos” do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura. “Ô Betão, traz mais uma pra gente”, eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte do Brasil. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte do Brasil, por isso vamos a bares ruins,que tem mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gateau e não tem frango à passarinho ou carne de sol com macaxeira que são os pratos tradicionais de nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gateau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda. A gente gosta do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne de sol, a gente bate uma punheta ali mesmo.Quando um de nós, meio intelectuais, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectual, meio de esquerda freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim. Porque a gente acha que o bar ruim é autêntico e o bar bom não é, como eu já disse. O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e nesse ponto a gente já se sente incomodado e quando chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual, nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e universitários, a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevete e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo.
Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantém o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam em 50% o preço de tudo. Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato. Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se fodem, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão brasileira, tão raiz.
Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda, no Brasil! Ainda mais porque a cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelo Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gateau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda, como eu que, por questões ideológicas, preferem frango a passarinho e carne de sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca mas é como se diz lá no nordeste e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o nordeste é muito mais autêntico que o sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é mais assim Câmara Cascudo, saca?).
- Ô Betão, vê um cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

NO SMOKING!

Fazem exatamente 9 dias que deixei de fumar cigarros, tenho recorrido em casos de extrema necessidade aos cigarros de palha. Uma amiga conseguiu parar de fumar desse jeito e eu decedi segui-la no seu ato vitorioso.

Ah se eu soubesse quando adolescente, que sentiria tanta falta em alguns momentos do tubinho branco de nicotina, talvez não tivesse começado. Talvez. Pois, pois, se o cigarro não desse prazer não teria tantas pessoas no mundo fumando. Aliás, me parece que por esses dias todos os ângulos, lugares que olho tem algum individuo fumando seu cigarrinho. Aí a vontade bate. Chego até a me imaginar naquelas propagandas antigas de cigarro, onde o carinha fica sentado num tipo de sacada com seu chapéuzão e seu tubo de nicotina.

Ahhhhhh.....dizem que tudo passa com o tempo, essa vontade a de passar.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Ato número 2.

E a novela continua...ontem descobri que um apartamento, dois andares acima do que eu e Gabriel moramos, está por alugar, lá teremos mais espaço para todas as tranqueiras conquistadas ao longo dos anos e não resistimos a idéia de mais uma mudança.

Na verdade o Gabriel não se importa muito em ficar nesse ap. mesmo porque ele não está muito afim de carregar geladeira, fogão e demais objetos que pesam mais de 40 quilos. Já eu ,estou anciosa e esperançosa com a possibilidade de ter uma lavenderia, isso mesmo, uma lavanderia! Um lugarzinho onde eu possa colocar a máquina de lavar, sabão em pó, amaciante e outros utensílios domésticos. Quem diria, essa é a minha preocupação do momento!!!!!!!

E enquanto esperamos, vamos tentando transitar no quarto, pedindo licença as malas, caixas e sacolas espalhadas por todos os lados. Mas acredito que logo logo subiremos na vida, subiremos no caminho do céu.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008


Ato número1.

Novo ano, nova cidade, nova casa.
Cá estou começando o novo ano na expectativa de muitas coisas. Se os meus pedidos de Natal forem atendidos, (aliás, me comportei muito bem, ho ho ho), ganharei esse ano um emprego novo, ah e perto da minha nova casa, onde não precisarei passar duas horas me intercalando entre ônibus, metrô ou trem.

São Paulo é bom, mas tem essas coisas que ninguém gosta; horas no trânsito, horas perdidas. O negócio é manter o bom humor, porque não adianta buzinar, xingar, mostrar dedos...o legal mesmo é ligar para família, amigos ou escutar uma boa música, ler um livro. Talvez assim as horas não se percam.

Ainda estou a pouco por aqui, conheci um pouco de São Paulo o ano passado, quando me intercalava nos terminais rodoviários de Londrina e Barra Funda (SP), a causa desse vai e vem tem um nome, é Gabriel, um moço de cabelo enrolado, tatuagem no ombro, que usa óculos modernininho e que me causa frios na barriga e deixa meus olhinhos brilhantes. Depois de três anos de desencontros, resolvemos marcar um horário, nos encontramos e decedimos morar juntos...e por conta disso paramos de gastar com a Garcia e com a Embratel.

Agora estamos entretidos com a idéia da casa: das cores, dos espaços, do aconchego. Essa é minha sétima mudança, muita coisa fica, mas muita, muitissimas coisas vem com a gente, nossa como eu adiquiri objetos, tranqueiras, papéis e mais nesses últimos anos.

Mas voltando ao trânsito, nesse momento chove na "terra da garoa", provavelmente o trânsito vai estar mais chato, mais lento, mas todo mundo chega ao seu destino. Não esqueça do bom humor.