sexta-feira, 28 de novembro de 2008

Doce Solidão que nos pertence

Todos sentem

Difícil é admitir

Medo de ser só

Roda Gigante

Cheia de Gente

terça-feira, 11 de novembro de 2008

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Vasto mundo


Ontem acordei as seis horas da matina com a intenção de resolver algumas questões. Já tinha em mente o quão longo seria meu dia. Primeira frustação vem com o cancelamento de uma reunião, no fim do segundo tempo.
Logo mais passei algumas horas tentando ser atendida por uma empresa de telefonia para resolver o problema do corte da minha linha. O pagamento estava em dia mas mesmo assim cortaram duas vezes a linha durante um mês e a resposta que obtive: A senhora terá que esperar um prazo de cinco dias para receber uma ligação do nosso atendimento.
Não preciso descrever a minha imagem naquele momento, é incrível como uma bosta de um celular e tudo que ele envolve pode me tirar do sério.
Fui para casa. No caminho fiz uma parada e entrei numa loja que a exato 25 dias havia comprado uma bolsa. Não precisou muito para conseguir o que queria, trocar a bolsa, visto que estava totalmente deteriorada. Poxa, havia pago 28.00 reais por ela e isso é grana, ao contrário do que muita gente pensa. Ainda bem o dono da loja foi sensato e resolveu me reembolsar.
Mais a noite fui tentar novamente resolver a questão ' Celular' fui em uma loja da operadora, lá fui informada que nada eles podiam fazer, já que se tratava apenas de uma revenda, e que eles assim como eu e você passam por isso.
Aí pensei: - Eles assim como eu acham a operadora que eles prestam serviço ruim, mas continuam a vender e consumir esse serviço! Minha gente, isso é demais.
Tem algumas coisas que nos acontecem que são inacreditáveis, será que em outros países as pessoas passam por isso tudo também?
Maldito mundo cão capitalista que eu vivo! E que faço parte e contribuo!
Cheguei em casa passado das 22:00 e fui ver ' Na Natureza Selvagem' Filme de roteiro e direção de Sean Penn ( Uma Lição de Amor, Sobre Meninos e Lobos e 21 Gramas). Sensacional. Caiu feito uma luva para toda minha frustração do dia. Porém sou fraca demais para fazer o mesmo. O protagonista do filme cheio do mundo cão, passou a nagá-lo e mostrou ser possível viver fora desse mundo sujo da ditadura do relógio e do dinheiro. Grande inspiração para sonhos poucos prováveis. Uma história real.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

algumas provas para corregir, alguns trabalhos também para corrigir, alguns mapeamentos para fazer, entrevistas, textos para ler...acho que ando meio ocupada. já volto!

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Privilégios Sociais

Hoje peguei um trem sentido zona sul, tive direito a ar condicionado e trilha sonora, uma ópera!
Será que se o meu sentido fosse a zona leste ou o próprio centro, teria essas vantagens?
Será mera coincidência?
Obviamente, não!
: /

terça-feira, 2 de setembro de 2008

A difícil arte de escrever



Tenho pensando todos os dias no dia em que vou escrever algo que prenda meus olhos, que me faça sentir única e leve. Sim, leve , pois carrego o peso diário de tentar escrever algo de relevante e que se faça necessário.


Minhas tentativas são várias e voltei para Universidade por conta deste desejo. Que é quase uma obsessão. A difícil arte de escrever algo que preste. Tantos livros, tantos textos, tantos ensaios, livros, textos, ensaios...O mundo é cheio de palavras e significados, talvez o que me falta são os significados.


Essa semana preciso escrever algo, o tema é Imaginário e minha imaginação anda as avessas. Não consigo colocar pensamentos em ordem, pareço uma analfabeta, me sinto analfabeta de idéias.


Escrever ou não escrever, eis a minha questão!

Enquanto aguardo a luz, a luz dos Óraculos, me despeço.



quinta-feira, 10 de julho de 2008

Em tempos pós modernos



Ficha Técnica
Título Original: In The Mood For Love
Gênero: Drama
Tempo de Duração: 90 minutos
Ano de Lançamento (China): 2000
Estúdio: Block 2 Pictures / Jet Tone Production Co. / Paradis FilmDistribuição: USA Films
Direção: Wong Kar-Wai
Roteiro: Wong Kar-Wai
Produção: William Chang
Música: Mike Galasso
Direção de Fotografia: Christopher Doyle e Mark Lee Ping-bin
Figurino: William ChangEdição: William Chang




Em tempos onde falamos de pós modernismo, onde o amor já está contaminado pelo consumismo brutal em que vivemos, vale muito a pena assistir esse belíssimo filme de Wong Kar, onde o amor vai além das cenas de sexo narcizistas. Na poesia de imagens do diretor podemos ver e sentir o amor em nossas veias por um casal realmente apaixonado.

Bons Amigos

Meus bons amigos, onde estão Notícias de todos quero saber Cada um fez sua vida de forma diferente Às vezes me pergunto: Malditos ou inocentes? Nossos sonhos, realidades Todas as vertigens, crueldades Sobre nossos ombros aprendemos a carregar Toda a vontade que faz vingar No bem que fez prá mim Assim, assim, me fez feliz, assim O amor sem fim Não esconde o medo De ser completo e imperfeito
Inquietações, glórias, especializações, mestrados, salas de aulas, casamentos, filhos, boêmia, amadurecimento, segurança...
E assim segue as vossas histórias, cheia de particularidades como as estações do ano, que passam e trazem novas fases para vida;
No inverno parece sombrio e pesado, mas que desabrocha na primavera mostrando sua delicadeza, transborda de leveza como no verão e renova-se no outono.

sexta-feira, 9 de maio de 2008

De volta ao jaleco

Depois de 4 meses de férias retorno as salas de aula. Comecei esse mês a lecionar para ensino fundamental II e Médio. Estou me adaptando aos novos parâmetros curriculares em ação. No Estado do Paraná eu ultizava o método tradicional do ensino da História, respeitando toda sua ordem cronológica...enfim, voltado para História ensinada de maneira tradicional. Respeitando todo o eurocentrismo a que nós, americanos, somos acostumados ou tivemos que engolir semprre.
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A idéia de lecionar por aulas temáticas, explicando os conceitos, parece não estar sendo aceito por alguns prifissionais, escuto muita coisa, penso o dobro e tento enxergar o meu papel perante tudo isso.
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Me agrada muito poder pensar sobre a nossas origens, como nossas mentalidades mudam e perceber como alguns laços são persistentes. Imaginações, mundo sem limites!

sábado, 12 de abril de 2008

Anos 60.

“Quebro a cara toda hora. Mas só me arrependo do que deixei de fazer por preconceito, problema e neurose.” (Leila Diniz)

segunda-feira, 31 de março de 2008


quarta-feira, 26 de março de 2008

Notícias da Tríplice Fronteira

Depois de 19 horas de busão chego em Foz do Iguaçu, enquanto o dia demorava para passar, me reveza entre escutar música, ler um livro, pensar na vida e admirar as belas paisagens...7 dias na casa da mãe e do pai, e de uma galera, rs..."o bom filho a casa torna", pois todos já voltaram, só eu e minha irmã mais velha estamos do lado de fora.

Realmente valorizo muito meus pais por diversos motivos, sempre lutaram muito na vida atrás de seus sonhos e objetivos, aí sabe como é...coração de mãe sempre cabe mais um.
( Parte 1: A era da inocência?) A Pietra mora lá, uma figura de primeira, gosto de ficar imaginando o que passa na cabeça dela, o que ela sente...é uma loucura ver o tempo, sentir a cada vez que vou para Foz a mudança estampada na face da minha sobrinha. Uma doçura e ás vezes uma tempestade.
Ontem escutei : " ela é uma mocinha"...isso me confunde! Ela só tem seis anos! Não consigo lembrar de minha infância, do que sentia, como pensava, fatos, minha lembrança é mais recente...mas voltando, as crianças hoje em dia vivem num mundo maluco, desacerbado. As informações estão a um milhão por hora e fica difícil controlar. Tem horas que ela quer se vestir como gente grande, gosta assim como a maioria das mulheres de ir as compras, ir ao salão, rs...comporta-se com tal. Ás vezes ela canta as músicas da Kelly Key, coisas como " vem meu cachorrinho a sua dona ta chamando" e acredito que ela canta isso para o Chauã, cachorro do meu pai, mais um membro da grande família. Fico confusa.


(Parte 2: Três mundos, vasto mundo)

Foz tem seu diferencial, tem os rios Paraná e Iguaçu, a Ponte da Amizade e a Ponte da Fraternidade. Depois de uma guerra armada que durou seis anos entre o Brasil e Paraguai, a qual nosso país junto de seus aliados Argentina, Uruguai e Inglaterra derrotaram o Paraguai e o transformou no país pobre que este hoje é, nada mais simbólico que nomear a Ponte que liga os dois países de AMIZADE, já que hoje vivemos nos tempos de paz e esqueceu-se todas as mortes, todas as dores do passado.

Esse fato me lembra a vinda dos espanhóis para América em seus cavalos de fogo. Não acredito que a maioria sempre vence, mas a maioria bem armada, sempre vence! Espanhóis dominaram nativos e brasileiros cortaram o avanço econômico paraguaio.

Venho de um balaio de nacionalidades, meu avô materno era paraguaio, minha vó materna é alemã, meu avô paterno e minha vó paterna tem origem portuguesa e indigena. Sou fruto de toda essa história, dessa miscelânea.


Particularmente, dos três espaços que formam a Triplíce Fronteira, meu predileto é Puerto Iguazú. Tem um charme peculiar. Mesinhas na rua, casinhas de madeira, siesta, centro cheio de letreiros, cerveja de um litro, bife de chorizo, vinho barato, azeitona, queijo, salame, torrone, alfajôr...vida noturna e um pedaço das Cataratas.
A Ponte que liga os dois países, Brasil e Argentina chama-se Ponte da Fraternidade, inaugurada em 1982, e o engraçado são as richas culturais adquiridas pelos dois países, brasileiros adoram fazer piadas com a Argentina, rivalidades do futebol pra fora. Dois irmãos meus nasceram na Argentino, tenho sentimento fraterno por eles e fora isso, acredito que o afeto de brasileiro pra argentino ta meio duvidoso viu!
As Cataratas do Iguaçu continua linda!!! Sinto-me renovada pela natureza agressiva daquele lugar, acho que posso dar a volta ao mundo, mas as Cataratas sempre será a número um das imagens mais belas do mundo!

quinta-feira, 13 de março de 2008

Todo tempo do mundo

É isso o que eu tenho, talvez deveria estar me sentindo realizada, afinal quantas pessoas no mundo gostariam de ter tempo para acordar um pouco mais tarde e ficar além daqueles cinco minutinhos enrolando-se na cama, ou então ter tempo para assistir aquela sessão da tarde que na época que você era criança já era antiga.
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Ás vezes leio, ás vezes danço, ás vezes fumo...procuro amigos, pois estou longe dos meus. Tenho um namorado querido que deve sofrer com as minhas mudanças temperamentais.
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Ás vezes fico na janela olhando a rua, a chuva, as nuvens e os carros. Movimentos constantes, cenário que se molda a cada segundo de uma maneira.
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Ás vezes escuto algumas vozes durante o dia, que não estão saindo do meu computador ou da televisão. Sim, os vizinhos falam e eu os escuto, mas eles não são os meus amigos.
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Mais uma sessão, mais uma pipoca, mais um filme ;).
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quarta-feira, 12 de março de 2008

A escola e o saber.


Bernard Charlot é professor de Ciências da Educação na Universidade Paris VIII. Dedica-se ao estudo das relações com o saber, principalmente a relação dos alunos de classes populares com o saber escolar. Ele esteve no país durante o Fórum Mundial de Educação, onde concedeu esta entrevista exclusiva ao site do CRE:

ENTREVISTA
Durante suas pesquisas sobre a relação dos jovens brasileiros com o saber, o que lhe chamou a atenção na escola aqui no Brasil?
Numa comparação com o meu país, a França, vejo que lá a escola é uma instituição mais forte do que no Brasil, uma instituição na qual o aluno tem o direito de pertencer para aprender coisas de que ele goste ou não. Mas o que mais me chama a atenção no caso brasileiro é a importância que é dada ao lado afetivo do saber. Existe aqui uma relação muito forte entre o saber e o corpo: o saber deve ter efeitos emocionais para ter valor. E isso acontece tanto na cabeça do aluno como na da professora. Acho que por isso ela tem uma grande dificuldade em deixar de ser "tia". Isso traz um problema: se a tia não gosta do aluno, ou se o aluno não gosta da tia, ele não vai aprender.>>
Se o senhor fosse professor numa classe de adolescentes brasileiros, qual seria a sua preocupação hoje, na hora de planejar suas aulas
Me preocuparia com a questão da auto-estima. O adolescente é frágil e tem uma imagem frágil de si mesmo. O saber deve permitir que ele reforce essa auto-imagem, ao invés de feri-la ainda mais como muitas vezes acontece. Porque quando o saber é uma fonte de sofrimento pessoal psicológico na sua auto-estima, você tende a desvalorizar esse saber que te desvaloriza.
O que é aprender, segundo sua visão?
É algo que se manifesta de formas heterogêneas e que é bem mais amplo do que adquirir um saber. É, por um lado, apropriar-se de um enunciado que só tem existência através das palavras. Mas é também dominar determinadas formas de se relacionar com os outros e consigo: a se apaixonar, a ter ciúmes... Isso tudo se aprende, não é natural. O resultado da aprendizagem, portanto, não precisa vir necessariamente na forma de um enunciado verbal. Como saber se uma pessoa aprendeu a nadar? O resultado vem inscrito no seu próprio corpo, na maneira como ela se movimenta na água. Essas formas diferentes de aprender muitas vezes concorrem entre si no mundo do aluno. O desafio da escola é fazer com que o que se aprende lá possa também permitir ao adolescente se construir enquanto sujeito. Isso nem sempre acontece, principalmente nos meios populares.
Por que alguns alunos têm mais vontade de aprender do que outros?
Toda pessoa tem uma atividade intelectual, mas o fato de mobilizar ou não essa potencialidade depende do sentido que ela confere àquilo que está ouvindo e à situação que está vivenciando. Isso varia, em primeiro lugar, com a história singular de cada aluno. Ou seja, os motivos que despertam o desejo de aprender numa criança podem não ter nenhum efeito sobre outra, que tem uma história pessoal diferente. Além disso, há uma explicação de origem sociológica: sabe-se que há uma postura diferente frente à escola entre as crianças de classes médias e de meios populares. Não sabemos muito bem como a classe influencia, mas é inegável que ela tenha um peso importante.
A classe social é um fator determinante na aprendizagem?
Não há uma relação automática de causalidade. O que sabemos é que existe uma correlação estatística entre a posição social do aluno e o sucesso ou o fracasso escolar. Mas não devemos esquecer de que existem crianças de meios populares que são bem sucedidas na escola. E crianças de classe média que encontram dificuldade. Nas minhas pesquisas, venho tentando descobrir por que o risco de mau êxito é maior entre alunos de classes populares. E, além disso, por que alguns deles se dão bem, a despeito das condições desfavoráveis. Essa segunda questão é muito importante, porque pode nos dizer em que direção atuar para superar o fracasso escolar.
Como o professor pode interferir na relação dos alunos com o saber, de modo a despertar o desejo de aprender nos mais desmotivados?
Em primeiro lugar, é preciso deixar claro que o que vai determinar a aprendizagem é a atividade intelectual do próprio aluno. O professor é importante, mas pelo efeito que ele pode ter nessa atividade. Do mesmo modo, os aspectos institucionais são importantes pelos seus efeitos sobre a prática do professor e, por tabela, sobre a atividade intelectual do aluno. O professor deve entender que a lógica do aluno, principalmente o de classe popular, é muitas vezes diferente da lógica da escola. Nesta, é o estudante que vai realizar uma atividade intelectual para adquirir saber. Na lógica do jovem, é o professor quem vai ter esse trabalho. Seu papel é apenas sentar-se na sala e aguardar que lhe passem esses conhecimentos. O professor tem de mudar essa situação, construindo o aluno na criança, no adolescente. Esse é um trabalho ao mesmo tempo terrível e apaixonante, que não sei se é a "professora tia" que pode fazer. Acho que deveria ser a "professora professora", a profissional.
Nessa tentativa de motivar os alunos, alguns professores tentam mil coisas. Até que ponto isso interfere na relação com o saber?
Ao invés de falar em motivação, prefiro falar em mobilização. Há uma diferença importante entre essas duas palavras. Motiva-se alguém de fora, mas se mobiliza de dentro. Muitas vezes, constrói-se com esse discurso de motivação uma pedagogia muito artificial, em que o professor ensina a fazer um bolo para dar aula de Matemática. Isso só terá algum efeito se o dispositivo usado fizer algum sentido para o ensino. Mas normalmente não é isso que acontece. Uma motivação externa em geral cria um sentido enviesado. O que o aluno quer ao fazer um bolo? Quer comer o bolo. Ele não está nem aí com a Matemática. Essas motivações de fora são muito artificiais. É importante compreender que a mobilização é interna e supõe um desejo do próprio aluno. Mobilizar é fazer uso de si, para si. E isso representa uma diferença fundamental.
Como aproximar o "aprender na escola" do "aprender na vida"?
Essas duas formas são diferentes, mas não deveria haver uma barreira tão grande entre elas. O estudo da história de Portugal no século XIX, por exemplo, deve fazer sentido para que o aluno entenda o que é a vida no Brasil agora e o que está fazendo aqui. A escravidão, as batalhas, as conquistas... Isso tudo deveria produzir uma reflexão para que os estudantes entendessem melhor quem eles são. Dessa forma existirão pontes entre o ensino acadêmico e o que se vive. E a aula ganhará muito mais sentido.
Como deveria ser a escola ideal?
Aquela que questiona, que primeiro traz os questionamentos e só depois o conhecimento. Que mobiliza a atividade intelectual e dá sentido aos saberes. Que é respeitada como instituição. Que estimula a auto-estima, a imagem que os alunos têm de si mesmos. Aquela, por fim, em que o saber é também fonte de prazer - o que não significa que não há esforço, pois o prazer mais importante para um indivíduo é se sentir inteligente.
Qual a sua opinião sobre o sistema de ciclos?
O princípio da escola ciclada é mais justo do que o da seriada. O problema é que pode haver contradições entre esse projeto político e as práticas pedagógicas da sua implantação. Na França, temos há dez anos o sistema de ciclos e quase ninguém percebeu a mudança. Por que isso acontece? Porque muitas vezes o sistema de séries permanece camuflado nas escolas cicladas. O que temos de pensar é em que práticas pedagógicas são necessárias para concretizar efetivamente o projeto político dos ciclos.
E o que o senhor pensa sobre a repetência?
A repetência é ruim, quanto a isso não tenho dúvidas. Mas também acho que, na prática, um aluno que passa sem saber acaba atrapalhando a si e aos colegas. Mais importante do que ficar discutindo sobre a repetência é refletir sobre as práticas que permitem que todos os alunos sejam bem sucedidos.
Como fazer um projeto pedagógico?
Na base de um projeto pedagógico é preciso haver sempre uma escolha de valores, uma representação do mundo, do ser humano e da sociedade. Definida essa dimensão política, é preciso traduzi-la para a especificidade da escola, para a esfera pedagógica. E aí é importante lembrar que a escola não é só o seu projeto, mas também o que está fazendo na prática, os métodos que são efetivamente utilizados, o que os alunos estão aprendendo... Proponho, aos professores, que questionem seus atos pedagógicos. Por exemplo: devo prosseguir a aula se 5 dos meus 25 alunos não estão entendendo? E quando for apenas um? Essas escolhas não são apenas atos pedagógicos, há um significado político por trás delas
O que é preciso para construir uma escola democrática?
Que cada profissional envolvido com a educação reflita sobre seus atos políticos e pedagógicos. São as nossas contradições que devemos enfrentar se quisermos construir uma escola verdadeiramente democrática.

(Priscila Ramalho)

quarta-feira, 5 de março de 2008

Giz

Nossos primeiros contatos foram difíceis, eis que ele insestia em quebrar, cair, entrar nas minhas narinas e fazer estragos. Depois tornou-se um amigo, com ele podia fazer meus ensaios, meus rabiscos. Azul, verde, amarelo, laranja, rosa e branco. Todas as cores. Unidas ou não, sempre com um objetivo, comunicar-se, ir além das palavras ditas. Expressão!

segunda-feira, 3 de março de 2008

JUNO


a mistura é composta de boas risadas, sorrisos, trilha gostosinha e muito diálogo. vale a pena.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

A Space Boy Dream

(ola querida como estas??? Como estao indo as coisas em foz e em londrina?? Agora formado o que será de sua vida hein??? rs...Bom estou aqui vivendo minhas aventuras, ás vezes fico feliz, mas em outros momentos me da um medo do caralho. Ás vezes penso que estou ficando velho e que não vai dar tempo de nada, me sindo ás vezes querendo tudo, e ao mesmo tempo me sinto como se nao tivesse nada ainda. Bom, assim vou vivendo, como um errante, em lugares diferente e em mares diferentes. Ultimamente tenho lido bastante, tenho ocupado minha cabeça e trabalhado muito, é verão por aqui e o tempo esta como no brasil, muito calor com chuva de vez em quando.Por enquanto não estou planejando nada, vou levando, e a vida me leva junto.Saudades de nossas conversas e da nossa vida em busca do não-preconceito..heheh...jana..muitas saudades....SEJA QUEM TU és!!!!teu amigo)
Esse email foi enviado no ínicio de 2007 para mim por Thiago um amigo querido que agora mora na Nova Zelândia, seguindo seu ritmo de desbravador do que seus olhos ainda não viram, sempre muito intenso passavamos horas discutindo o que seria das nossas vidas passados segundos ou minutos do momento que estavamos, deitados no chão olhando para parede.
Pode soar depressivo, mas não tinha nada de depressão, eram momentos mágicos, prazerosos pelo simples prazer de viver e sentir, de ter medo e errar e além de tudo compartilhar um com o outro sem pudores, sem cortes nas palvras.
A gente vive num mundo de medo e até quem diz que não o tem, eu não acredito, pois é um sentimento que invade a vida de todos, mas basta ser livre para não sofrer. E fazer esse medo virar algo que nos excite e nos faça ir além.
O nosso maior problema sempre foi a nossa ansiedade e busca por respostas, nas quais ás vezes nem mesmo as perguntas tinhamos, acho que somos insustentáveis, por isso tantas perguntas sem respostas e respostas sem perguntas. Long live the life my friend, See you soon!
Trilha sonora: A Space Boy Dream, Belle & Sebastian.
(...) I dreamt I had to go to Mars.I'm always kidding on about going to Mars for the day, but faced with the reality of it, in a dream, i was terrified (...)

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Procura-se emprego.

O carnaval passou e o país volta a sua rotina, trabalhadores do Brasil voltam a todo vapor a cumprir seus horários e rotinas. Hoje fui além das ofertas de empregos on-line, minha grande ilusão, grande e cômoda ilusão. Enfrentei entonces 2 km de caminha dura atras do tão desejado emprego na cidade grande. Comunicações erradas e fui enganada na oferta de vaga. Preciso rir. É melhor ser alegre que ser triste. Tive recompensa, encontrei pessoas da cidade raiz. Ah iguaçuenses, a gente se sente quase em casa. E a procura continua. Salve salve!

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008


quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Brasil de carnavais , malandros e heróis...

quarta-feira, 23 de janeiro de 2008

Eternal Sunshine...



Ontem assisti pela terceira vez Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças, eu não me canso de assistir esse vídeo e ver sua bela fotografia. Será possível apagar alguém da memória?
Como historiadora eu acredito que a memória é parte integrante de nossa vida, sem ela somos quase nada, não precisamos nem ir tão longe dentro de navios negreiros ou de embarcações Reais, mas podemos ver e lembrar nossos passos de um, dois anos atrás. Tudo faz parte da nossa lembrança, do nosso passado e apagá-lo por mais triste e incoviniente que este seja, me parece um crime. Um atentado ao que somos e sentimos.
O filme é ótimo e passa essa mensagem de que nenhum relacionamento é tão ruim a ponto de merecer ser sumariamente deletado da memória.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

A Lêticia vai casar.

Me vem lembranças de quando eu tinha dez anos, talvez um pouco menos, e na sala de aula passavam aqueles vários cadernos, inúmeros, onde tinhamos que responder de quem gostavamos, se já havíamos beijado na boca e dependendo das respostas era um passo pra ficar com aquele tão sonhado casinho, que nessa época era um príncipe encantado.Mas o que hoje me chama atenção eram as perguntas como: "com quantos anos você vai casar? com quantos anos você vai ter filhos?"
Queria poder pegar um desses caderninhos na mão e ver os sonhos do passado, as fantasias de criança. Até onde me lembro, se esses sonhos tivessem se realizado, estaria eu agora, casada, com algumas fraldas sujas para limpar.
Ainda não casei, não escrevi um livro, mas já plantei uma árvore. E tenho amigas que estão casando, umas com planos, outras com convites entregues. Sábado, as 10:00 em Rio Preto, até que enfim vou conhecer Black River, foram muitos os convites, mas vida de universitária é dura, dinheiro sempre contado para cervejas e cigarros, era impossível obter um saldo positivo no fim do mês. Mas agora eu vou, com véu e grinalda, felicidade aos noivos.

Tarefa de casa.

Lavar louças, herança de três dias, tirar acampamento-dormitório- da sala, limpar geladeira fechada e desligada há dez dias e olhar para os três cestos de roupa suja e só olhar.

terça-feira, 15 de janeiro de 2008

...

São cinco horas da tarde, o céu está escuro, como de costume...trovões e água caindo.

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

( A comédia da vida real...)

Bar ruim é lindo bicho .
Antonio Prata.

Eu sou meio intelectual, meio de esquerda, por isso freqüento bares meio ruins. Não sei se você sabe, mas nós, meio intelectuais, meio de esquerda, nos julgamos a vanguarda do proletariado, há mais de 150 anos. (Deve ter alguma coisa de errado com uma vanguarda de mais de 150 anos, mas tudo bem). No bar ruim que ando freqüentando nas últimas semanas o proletariado é o Betão, garçom, que cumprimento com um tapinha nas costas acreditando resolver aí 500 anos de história. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos ficar “amigos” do garçom, com quem falamos sobre futebol enquanto nossos amigos não chegam para falarmos de literatura. “Ô Betão, traz mais uma pra gente”, eu digo, com os cotovelos apoiados na mesa bamba de lata, e me sinto parte do Brasil. Nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos fazer parte do Brasil, por isso vamos a bares ruins,que tem mais a cara do Brasil que os bares bons, onde se serve petit gateau e não tem frango à passarinho ou carne de sol com macaxeira que são os pratos tradicionais de nossa cozinha. Se bem que nós, meio intelectuais, quando convidamos uma moça para sair pela primeira vez, atacamos mais de petit gateau do que de frango à passarinho, porque a gente gosta do Brasil e tal, mas na hora do vamos ver uma europazinha bem que ajuda. A gente gosta do Brasil, mas muito bem diagramado. Não é qualquer Brasil. Assim como não é qualquer bar ruim. Tem que ser um bar ruim autêntico, um boteco, com mesa de lata, copo americano e, se tiver porção de carne de sol, a gente bate uma punheta ali mesmo.Quando um de nós, meio intelectuais, meio de esquerda, descobre um novo bar ruim que nenhum outro meio intelectual, meio de esquerda freqüenta, não nos contemos: ligamos pra turma inteira de meio intelectuais, meio de esquerda e decretamos que aquele lá é o nosso novo bar ruim. Porque a gente acha que o bar ruim é autêntico e o bar bom não é, como eu já disse. O problema é que aos poucos o bar ruim vai se tornando cult, vai sendo freqüentado por vários meio intelectuais, meio de esquerda e universitárias mais ou menos gostosas. Até que uma hora sai na Vejinha como ponto freqüentado por artistas, cineastas e universitários e nesse ponto a gente já se sente incomodado e quando chega no bar ruim e tá cheio de gente que não é nem meio intelectual, nem meio de esquerda e foi lá para ver se tem mesmo artistas, cineastas e universitários, a gente diz: eu gostava disso aqui antes, quando só vinha a minha turma de meio intelectuais, meio de esquerda, as universitárias mais ou menos gostosas e uns velhos bêbados que jogavam dominó. Porque nós, meio intelectuais, meio de esquerda, adoramos dizer que freqüentávamos o bar antes de ele ficar famoso, íamos a tal praia antes de ela encher de gente, ouvíamos a banda antes de tocar na MTV. Nós gostamos dos pobres que estavam na praia antes, uns pobres que sabem subir em coqueiro e usam sandália de couro, isso a gente acha lindo, mas a gente detesta os pobres que chegam depois, de Chevete e chinelo Rider. Esse pobre não, a gente gosta do pobre autêntico, do Brasil autêntico. E a gente abomina a Vejinha, abomina mesmo, acima de tudo.
Os donos dos bares ruins que a gente freqüenta se dividem em dois tipos: os que entendem a gente e os que não entendem. Os que entendem percebem qual é a nossa, mantém o bar autenticamente ruim, chamam uns primos do cunhado para tocar samba de roda toda sexta-feira, introduzem bolinho de bacalhau no cardápio e aumentam em 50% o preço de tudo. Eles sacam que nós, meio intelectuais, meio de esquerda, somos meio bem de vida e nos dispomos a pagar caro por aquilo que tem cara de barato. Os donos que não entendem qual é a nossa, diante da invasão, trocam as mesas de lata por umas de fórmica imitando mármore, azulejam a parede e põem um som estéreo tocando reggae. Aí eles se fodem, porque a gente odeia isso, a gente gosta, como já disse algumas vezes, é daquela coisa autêntica, tão brasileira, tão raiz.
Não pense que é fácil ser meio intelectual, meio de esquerda, no Brasil! Ainda mais porque a cada dia está mais difícil encontrar bares ruins do jeito que a gente gosta, os pobres estão todos de chinelo Rider e a Vejinha sempre alerta, pronta para encher nossos bares ruins de gente jovem e bonita e a difundir o petit gateau pelos quatro cantos do globo. Para desespero dos meio intelectuais, meio de esquerda, como eu que, por questões ideológicas, preferem frango a passarinho e carne de sol com macaxeira (que é a mesma coisa que mandioca mas é como se diz lá no nordeste e nós, meio intelectuais, meio de esquerda, achamos que o nordeste é muito mais autêntico que o sudeste e preferimos esse termo, macaxeira, que é mais assim Câmara Cascudo, saca?).
- Ô Betão, vê um cachaça aqui pra mim. De Salinas quais que tem?

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

NO SMOKING!

Fazem exatamente 9 dias que deixei de fumar cigarros, tenho recorrido em casos de extrema necessidade aos cigarros de palha. Uma amiga conseguiu parar de fumar desse jeito e eu decedi segui-la no seu ato vitorioso.

Ah se eu soubesse quando adolescente, que sentiria tanta falta em alguns momentos do tubinho branco de nicotina, talvez não tivesse começado. Talvez. Pois, pois, se o cigarro não desse prazer não teria tantas pessoas no mundo fumando. Aliás, me parece que por esses dias todos os ângulos, lugares que olho tem algum individuo fumando seu cigarrinho. Aí a vontade bate. Chego até a me imaginar naquelas propagandas antigas de cigarro, onde o carinha fica sentado num tipo de sacada com seu chapéuzão e seu tubo de nicotina.

Ahhhhhh.....dizem que tudo passa com o tempo, essa vontade a de passar.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2008

Ato número 2.

E a novela continua...ontem descobri que um apartamento, dois andares acima do que eu e Gabriel moramos, está por alugar, lá teremos mais espaço para todas as tranqueiras conquistadas ao longo dos anos e não resistimos a idéia de mais uma mudança.

Na verdade o Gabriel não se importa muito em ficar nesse ap. mesmo porque ele não está muito afim de carregar geladeira, fogão e demais objetos que pesam mais de 40 quilos. Já eu ,estou anciosa e esperançosa com a possibilidade de ter uma lavenderia, isso mesmo, uma lavanderia! Um lugarzinho onde eu possa colocar a máquina de lavar, sabão em pó, amaciante e outros utensílios domésticos. Quem diria, essa é a minha preocupação do momento!!!!!!!

E enquanto esperamos, vamos tentando transitar no quarto, pedindo licença as malas, caixas e sacolas espalhadas por todos os lados. Mas acredito que logo logo subiremos na vida, subiremos no caminho do céu.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008


Ato número1.

Novo ano, nova cidade, nova casa.
Cá estou começando o novo ano na expectativa de muitas coisas. Se os meus pedidos de Natal forem atendidos, (aliás, me comportei muito bem, ho ho ho), ganharei esse ano um emprego novo, ah e perto da minha nova casa, onde não precisarei passar duas horas me intercalando entre ônibus, metrô ou trem.

São Paulo é bom, mas tem essas coisas que ninguém gosta; horas no trânsito, horas perdidas. O negócio é manter o bom humor, porque não adianta buzinar, xingar, mostrar dedos...o legal mesmo é ligar para família, amigos ou escutar uma boa música, ler um livro. Talvez assim as horas não se percam.

Ainda estou a pouco por aqui, conheci um pouco de São Paulo o ano passado, quando me intercalava nos terminais rodoviários de Londrina e Barra Funda (SP), a causa desse vai e vem tem um nome, é Gabriel, um moço de cabelo enrolado, tatuagem no ombro, que usa óculos modernininho e que me causa frios na barriga e deixa meus olhinhos brilhantes. Depois de três anos de desencontros, resolvemos marcar um horário, nos encontramos e decedimos morar juntos...e por conta disso paramos de gastar com a Garcia e com a Embratel.

Agora estamos entretidos com a idéia da casa: das cores, dos espaços, do aconchego. Essa é minha sétima mudança, muita coisa fica, mas muita, muitissimas coisas vem com a gente, nossa como eu adiquiri objetos, tranqueiras, papéis e mais nesses últimos anos.

Mas voltando ao trânsito, nesse momento chove na "terra da garoa", provavelmente o trânsito vai estar mais chato, mais lento, mas todo mundo chega ao seu destino. Não esqueça do bom humor.